"A Abicom alerta que, mantendo a operação padrão estabelecida pelos auditores da Receita Federal, pode haver um aumento nos preços dos combustíveis oferecidos aos consumidores, com risco de escassez pontual, ainda em janeiro de 2022"
Com o início da greve, os auditores da Receita Federal passaram a trabalhar em um regime chamado de "operação padrão", quando a fiscalização das cargas importadas é mais lenta que o normal. De acordo com a Abicom, as acusações estão esperando há mais de dez dias pela liberação pelos auditores.
A situação é mais complicada no Porto de Santos, onde entra a maior parte do combustível importado no país. Além do impacto na distribuição do insum aos consumidores, a Abicom negocia a um custo de US $ 22.000 por dia para cada navio que aguarda liberação.
Causas da greve
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Renato Tavares, a operação padrão no Porto de Santos deve causar um prejuízo de R$ 125 milhões por dia na arrecadação de impostos.
Além disso, a categoria também protesta contra o corte de verbas no setor e a realização de concursos públicos, que não são realizados desde 2014.
Importação de combustível
As importações de combustíveis vêm aumentando nos últimos anos no Brasil. Nos primeiros nove meses de 2021, nos primeiros nove meses de 2021, houve um aumento de 86,3% nas importações de produtos petrolíferos, incluindo gasolina e diesel, segundo pesquisa da Logcomex.
Segundo especialistas, isso se deve à estratégia da Petrobras e do governo de reduzir a capacidade de refino nacional e abrir o mercado para investidores estrangeiros.
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